sábado, 28 de março de 2009

Ana

Não te vejo
----Não te cheiro
-------Não te toco
----------Não te oiço

(Apenas te sinto nas coisas que me deixaste,
e nem tão pouco deixei de te amar)

Maldita sejas tu, ó Morte, por me a levares!
Maldita sejas tu, ó Vida, por me martirizares!

2 comentários:

Fernando K. Montenegro disse...

A impotência desse sentimento é atroz. Imagino que o seja. Também blasfemei, quando essa morte, levou o meu pai. E a vida também foi martírio...

Maria Arvore disse...

Não te martirizes. Ela está viva no poema. Está viva dentro de ti. Ela vive através de ti.